"Tisana nº10

Nesse dia eu lera um artigo em que se falava da evolução das artes em que se concluía que nada nos restava já fazer uma vez que tudo estava feito já e nada lhe podíamos acrescentar. Fiquei a pensar seriamente no assunto durante um certo tempo. Ate que finalmente compreendi. Dirigi-me para o meu escritório sentei-me à secretária tirei da gaveta uma folha de papel e comecei a escrever um longo telefonema. Praticando mais uma vez aquilo a que chamo a prova de resistência dos materiais poéticos chamei o meu porco Rosalina e pedi-lhe que o lesse e depois no enviasse pelo correio."

Hatherly, Ana, 351 Tisanas, Editora Quimera, Lisboa, 1997

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